Betty Milan – Teatro Lírico e Teatro Dramático, lançamento da Giostri Editora, reúne as seis peças da autora paulista, incluindo a inédita Dora não pode morrer. Sua dramaturgia deslanchou em 1994 com Paixão , escrita para a atriz Nathalia Timberg e encenada em vários estados do Brasil afim de celebrar o amor : « Se digo que te amo, é para que me digas o mesmo, para saber se entre nós há reciprocidade, se é tua a minha fissura. Sendo, eu me torno indispensável e posso momentaneamente esquecer de mim ».
A esta peça, seguiram-se dois outros textos também de caráter lírico: Paixão de Lia (1994) e O amante brasileiro (2003), a pedido de atores do Teatro Oficina. Paixão de Lia foi lido por Giulia Gam e José Celso Martinez Corrêa no Teatro da Folha. O amante brasileiro foi montado no Teatro Oficina com Ricardo Bittencourt e Luciana Domschke. Saudado pela crítica, recebeu de Zé Celso o texto “Amar é uma performance”, em que ele enfatiza a analogia estabelecida na peça entre a arte de amar e a de atuar.
Depois dos textos líricos, a autora escreveu para o teatro três peças dramáticas. Brasileira de Paris (2005) é uma sátira da libertinagem e do machismo. Tanto recusa a ideologia do libertino, que é contrária ao amor, quanto a ideologia machista, que desautoriza o desejo feminino. Teve leitura dramática no Teatro Oficina. Trata-se de uma exaltação das artes cênicas: « No teatro, a nacionalidade não importa, a liberdade reina e eu estarei longe deste teatro de loucos que é a vida. Todos se contradizem e ninguém se entende. Cada um falando uma língua diferente, verdadeira torre de Babel. O que eu quero é me entregar ao drama de uma peça de verdade e não mais ao drama da vida. E, no palco, eu nunca serei tomada por louca pelo fato de ser livre. Serei livre, simplesmente ».
Adeus Doutor (2008) diz respeito a uma ocidental descendente de orientais que, por não se identificar com as ancestrais, não pode ser mãe. A heroína supera a impossibilidade graças a uma análise, que revela as razões inconscientes do seu drama. Esta peça foi traduzida para o francês e selecionada para leitura dramática no Théâtre du Rond-Point de Paris. Seguiu-se a esta leitura a do texto em português em São Paulo, no SESC Santana, com Bete Coelho no papel da heroína e Zé Celso no do analista. Na mesma trilha de Adeus Doutor, Betty Milan escreveu Dora não pode morrer, sobre o câncer e a loucura. A peça revela a importância da história subjetiva do doente para a cura e estreia no Teatro do Itaú Cultural em agosto de 2015.
Segundo o crítico Luiz Fernando Ramos, a autora mobiliza drama e poesia para encenar sua própria voz “que se diz clara e precisa, variante, mas sempre mediada pela escuta da Psicanálise e intensificada por um olhar apaixonado. O amor, a liberdade e outros temas e tratos humanos são expostos de uma perspectiva singular”.
A obra está inserida no catálogo de dramaturgos nacionais da Giostri Editora, a única no país a investir em publicação, divulgação e distribuição deste segmento em larga escala. A Giostri tem em seu catálogo mais de 150 dramaturgos, a maioria reconhecidos nacional e internacionalmente, e mantém 13 pontos de venda em teatros do Rio de Janeiro, São Paulo e interior do Estado de São Paulo. Fundada em 2005, conta com mais de 700 publicações em seu catálogo total, em diversos gêneros.
Sobre Betty Milan
Betty Milan é paulista. Autora de romances, ensaios, crônicas e peças de teatro. Suas obras também foram publicadas na França, Argentina e China. Colaborou nos principais jornais brasileiros e foi colunista da Folha de S. Paulo e da Veja. Trabalhou para o Parlamento Internacional dos Escritores, sediado em Estrasburgo, na França. Em março de 1998, foi convidada de honra do Salão do Livro de Paris e em 2015 novamente. Antes de se tornar escritora, formou-se em medicina pela Universidade de São Paulo e especializou-se em psicanálise na França com Jacques Lacan.
www.bettymilan.com.br
Betty Milan – Teatro Lírico e Teatro Dramático
Giostri Editora, 2015
Formato: 16cm X 23cm
208 páginas
ISBN 978-85-8108-651-4
Preço: R$ 42,00
www.giostrieditora.com.br
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