Heresia – Tudo menos ser amortal, novo romance de Betty Milan, aborda o tema da morte assistida e reflete sobre o modo como ela é tratada na sociedade ocidental. Livro será lançado em live no dia 05/04.
A escritora e psicanalista Betty Milan lança novo romance pela editora Record, em que focaliza o fim da vida e o modo como ele é tratado na sociedade ocidental. É um livro de ficção em que ela aborda temas difíceis relativos à longevidade: a indústria médica, o suicídio assistido e a eutanásia. Heresia – Tudo menos ser amortal questiona até que ponto é legítimo o prolongamento da vida pela ciência e de uma existência orgânica na qual a memória e a própria subjetividade já se extinguiram. Betty sustenta que morrer é um direito e quem aceita a morte vive melhor.
O livro foi escrito a partir do momento em que a mãe da escritora teve aos 97 anos uma queda e uma fratura que implicou em hospitalização. Em Heresia a protagonista questiona o prolongamento da vida em decorrência da proibição cultural, e legal, de buscar a morte assistida, enquanto fala de amor, vida e morte, rememorando o sofrimento da mãe e a trajetória da família. Betty Milan é autora de inúmeras e importantes obras, incluindo romances, ensaios, crônicas e peças de teatro. No dia 31/03, ela assume uma cadeira na Academia Paulista de Letras. No dia 05/04, às 19h, Heresia será lançado em uma live no youtube da Livraria da Travessa, com participação do crítico literário Manuel da Costa Pinto, que assina a orelha do livro.

HERESIA – Tudo menos ser amortal Betty Milan 112 págs. | R$ 44,90 Ed. Record | Grupo Editorial Record |
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Trecho do livro
“Há meses, eu desejava a partida. Se me perguntassem por quê, eu responderia que não suportava mais ver o que restou dela. Sei que o meu caso não é único. Porém, também sei da hipocrisia alheia. Agora, que culpa tenho eu de ter sonhado repetidamente com o caixão? Não sou responsável pelo meu inconsciente. O sonho se manifesta como bem entende, e, se não fosse ele, nós não teríamos nada de absolutamente nosso.”
Sobre o livro
Manuel da Costa Pinto – “Essa tensão entre o real e o ficcional se torna ainda mais aguda quando aquilo que é representado toca o nervo exposto de dilemas éticos e emocionais – como neste romance de Betty Milan, cuja personagem lida com sentimentos ambíguos ante a decrepitude da mãe centenária. A heresia do título, portanto, se refere a uma questão essencialmente contemporânea: até que ponto é legítimo o prolongamento da vida pela ciência, a perpetuação de uma existência orgânica na qual a memória e a própria subjetividade se extinguem?”
Roberto Schwarz – “Um livro corajoso, oportuno e surpreendente pela composição.”
Sobre a autora
Betty Milan é paulista, autora de romances, ensaios, crônicas e peças de teatro. Além de publicadas no Brasil, suas obras também circulam com selos de França, Argentina e China. Colaborou nos principais jornais brasileiros e foi colunista da Folha de S.Paulo, da Veja e da Veja.com. Trabalhou para o Parlamento Internacional dos Escritores, sediado em Estrasburgo, na França. Foi convidada de honra do Salão do Livro de Paris em 1998 e em 2015. Em 2014, representou a literatura brasileira contemporânea na Feira Internacional do Livro de Miami (EUA). Em 2021, foi eleita para a Academia Paulista de Letras. Antes de se tornar escritora, formou-se em Medicina pela Universidade de São Paulo, especializou-se em Psicanálise na França com Jacques Lacan e fundou o Colégio Freudiano do Rio de Janeiro.