
Uma nova produtora de conteúdo para podcast acaba de entrar no mercado. Batizada de Pode!, oferece soluções rápidas, criativas e com qualidade voltadas para os segmentos corporativo e de personalidades. A equipe da Pode! traz na bagagem o diferencial de ter trabalhado com música e produção de rádio, TV e mídias digitais. “Nossa experiência artística favorece o trabalho com podcast, que nada mais é que a união de tecnologia e arte”, afirma Bernardo Castello Branco, diretor de atendimento da empresa. Responsável pela direção de criação, o jornalista Roberto Miller Maia é quem faz o tratamento estético e sonoro das mensagens: “Usamos toda linguagem necessária para que o podcast seja útil, rápido e divertido de ser ouvido”, explica. Completa o time o designer multimídia Eduardo Castello Branco. Como diretor de produção, cuida para o que arquivo final tenha a melhor qualidade possível.
Bernardo e Eduardo são irmãos e também sócios da premiada agência Casulo Web Design, onde desenvolvem websites e serviços online e multimídia para artistas e empresas. Entre os prêmios recebidos estão seis iBest para o portal do jornalista e escritor Millôr Fernandes. Decididos a ampliar o negócio, chamaram Maia, que também é jornalista, para fazer parte da sociedade: “Tínhamos contato com ele desde a época em que era diretor artístico da Brasil 2000 FM. Em junho de 2005, Maia já estava fazendo e colocando seus podcasts pessoais na rede. Tivemos a idéia de unir nossa estrutura, conhecimento e network com a dele, que além de ser um profissional reconhecido no meio musical e jornalístico, é um dos maiores pesquisadores e colecionadores de música do Brasil”, diz Eduardo.
Customização
Podcast é um arquivo digital com uma mensagem sonora, geralmente em formato mp3. O termo surgiu em 2004 da combinação das palavras iPod (tocador de mp3 da Apple) e broadcast (transmissão de um evento para um grande número de pessoas), quando o uso da tecnologia RSS (Really Simple Syndication) tornou-se popular.
Essa tecnologia permite ao usuário, após escolher seus podcasts favoritos, ter uma seleção de informações customizada e saber quando elas foram atualizadas. A escolha é feita em um agregador (programa como iTunes e iPodder), que necessita ser instalado no computador do usuário, e faz o download de novas versões automaticamente. Os podcasts ficam então armazenados para serem ouvidos quando, como e quantas vezes o internauta quiser e na plataforma que lhe for conveniente (computador, tocador de mp3, celular, cd, etc).
“A informação digital já existe há muito tempo, mas estava dispersa pela internet. Com o RSS e o agregador, os dados são reunidos de maneira prática e o usuário fica sabendo quando foram atualizados, o que é o mais interessante desta novidade”, comenta Maia.
As aplicações do podcast são inúmeras. Ele serve, por exemplo, de base para a rádio digital: “A rádio do futuro será aquela que você monta de acordo com sua conveniência, selecionando músicas, entrevistas e programas favoritos, colocando-os numa seqüência e ouvindo quando quiser”, esclarece Maia. Outra questão fundamental para o futuro do rádio é que os programas se tornam eternos ao serem arquivados: “Entrevistas e outros materiais riquíssimos não serão mais perdidos. Isto não é o que acontece hoje com a rádio convencional, que praticamente só é ouvida no momento em que é transmitida”.
Outras áreas, como a do ensino, também ganham inúmeras possibilidades com o podcast. O aluno poderá ver uma aula que perdeu por meio de um arquivo fácil de acessar e com todo o conteúdo transmitido em sala de aula. No mercado corporativo, servirá para palestras motivacionais, cobertura de eventos, comunicações internas, vinhetas, audiobooks, jingles e entrevistas. É também uma nova mídia a ser explorada pelas agências de propaganda, que podem utilizá-la para lançar produtos e até direcionar verbas de clientes para o patrocínio de programas de rádio digitais.
O podcast já está sendo utilizado por grandes empresas dentro e fora do Brasil, como IBM, Absolut, Virgin, Oracle, Heineken, Volkswagen, Purina, Nestlé, Roche, GM e Kaiser. “Essa tecnologia será cada vez mais freqüente na vida das pessoas e logo entrará de forma automática no cotidiano do internauta, como aconteceu com a própria rede”, acrescenta Maia. “Graças a essa automação, o podcast será utilizado em grande escala.”
“O crescimento será muito rápido”, acredita Bernardo. “Só nos EUA 35 milhões de MP3 players já foram vendidos e existem mais de 12 milhões de usuários do programa iTunes. Aqui já foram comercializados 2,8 milhões de tocadores, 15 mil podcasts pessoais e corporativos foram transmitidos e existem dois milhões de ouvintes”, continua. “A informação sonora é mais fácil de ser digerida, já que pode ser ouvida enquanto você trabalha, dirige ou pratica esportes.”
A Pode! também produzirá videocasts, um podcast em forma de vídeo que começa agora a dar seus primeiros passos no Brasil.
Roberto Miller Maia
Atua como jornalista da área cultural há 23 anos e é engenheiro pioneiro em projetos multimídia. Escreve e já escreveu para diversos veículos como Bizz, Guitar Player, Folha de São Paulo e site Oba Oba. Foi produtor das TVs Cultura e Bandeirantes e professor do curso de Comunicação Social da Universidade Anhembi Morumbi (SP). É apontado pela revista inglesa Record Collector como um dos grandes conhecedores de música pop do mundo. Possui uma das maiores coleções musicais do Brasil: seu acervo particular reúne mais de 50 mil títulos. Trabalhou por 13 anos como diretor artístico da Brasil 2000FM e recebeu duas vezes o prêmio APCA pela linguagem inovadora da rádio. Como diretor musical da gravadora Ouver foi responsável por mais de 120 lançamentos de discos e DVDs, dos mais diversos gêneros É autor do livro Rock Brasil, um giro pelos últimos 20 anos (Ed. Esfera).
Ouça podcasts de Roberto Miller Maia AQUI
Eduardo Castello Branco
Formado em design digital com especialização em vídeo. Atua na área de multimídia desde 1995. É sócio fundador da Casulo Web Design, agência que tem entre seus clientes o grupo petroquímico Braskem e o cineasta José Mojica Marins, o Zé do Caixão.
Bernardo Castello Branco
Formado em lingüística, foi diretor de arte da CBBA/Propeg, onde desenvolveu trabalhos para clientes como Philco, Leite Paulista e Reckitt & Colman. Depois, na agência Adex, trabalhou para a conta do Governo do Estado de São Paulo. É sócio fundador da Casulo Web Design.