Setembro Amarelo: mesa de debates discute o suicídio e suas formas de prevenção

Quando a vida adquire sentido? E quando deixa de fazê-lo? Setembro é o mês mundial de prevenção do suicídio, e a proposta é acender um sinal de alerta para o problema, que já constitui a segunda maior causa de morte entre pessoas de 15 a 29 anos de idade, de acordo com dados divulgados pela Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, a taxa de ocorrência de suicídios entre adolescentes que vivem nas grandes cidades aumentou 24% entre 2006 e 2015, segundo pesquisa divulgada este ano pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), um dado que é motivo de preocupação para famílias, psicanalistas, educadores e profissionais de saúde.

A mesa de debates Mal-estar na Civilização e Suicídio, organizada pelas Diretorias de Cultura e Comunidade, Científica, de Atendimento à Comunidade e Regional da SBPSP, bem como pela Revista Brasileira de Psicanálise, que em breve lançará uma edição sobre o tema, propõe investigar os contextos culturais em que o aumento e a diminuição do suicídio ocorrem, assim como pensar em ações de prevenção para avançar na redução das tentativas e na diminuição do número de mortes.

Segundo Leda Beolchi Spessoto, membro da SBPSP e que falará sobre o tema “Evitar o Suicídio: uma Tarefa de Sísifo”, “vamos destacar os fatores que favorecem tal comportamento, tanto nos aspectos psíquicos quanto sociais, para que se possa pensar em caminhos que contribuam para redução do alto índice atual de suicídio inclusive entre os jovens”.

Essa busca de caminhos passa também pela discussão de fatores ligados à forma de lidar com o suicídio, como, por exemplo, o preconceito. Assim, o psiquiatra Carlos Cais, da Unicamp, chama a atenção para a necessidade de se trabalhar a maneira como o suicídio atua sobre sentimentos, crenças e comportamentos dos membros da equipe médica e mesmo de outras pessoas envolvidas, que muitas vezes sentem raiva em relação ao indivíduo que tenta cometer esse ato. Ele cita também a importância de providências que comprovadamente impactam essa prática, no sentido de reduzi-la: “Na Inglaterra, foi modificada a forma de apresentação do paracetamol, agora vendido como blister. E ficou comprovado que a simples dificuldade de obter uma grande quantidade do remédio, que, se ingerida, poderia ser fatal, pode atuar no sentido de conter um ato impulsivo”, afirma o psicanalista, que vai abordar o tema “Prevenção do Suicídio: das Estratégias Públicas à Prática Clínica” durante o debate.

A mesa será composta ainda por Rossevelt Cassorla (SBPSP), que irá falar sobre “Suicídio: Fatores Inconscientes e Aspectos Socioculturais”.

Serviço

Mal-estar na civilização e suicídio
Dia 21 de setembro, às 10h
Local: Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo – SBPSP
Av. Dr. Cardoso de Melo, 1450 | 9º andar – Vila Olímpia – São Paulo | SP
Taxa de inscrição: profissionais: R$ 50,00 / estudantes de graduação: R$ 25,00
Gratuito para ‘Membros’ e ‘Membros Filiados’ da SBPSP
Informações: (11) 2125-3700 e http://sbpsp.org.br

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