O grande experimento: a revolução americana e a criação da democracia moderna

A revolução americana já seria das mais importantes da história mundial apenas pelo que representa para o estabelecimento e difusão dos valores da liberdade individual e do estado de direito. No entanto, comparada às revoluções francesa e russa, é de longe – e não sem significados – a menos conhecida no Brasil.

Escrito por um brasileiro, Marcel Novaes, para o leitor brasileiro, este O grande experimento muda tal estado das coisas ao apresentar – de forma acessível, com bom humor, no ritmo de um thriller – o fascinante desenrolar da criação dos EUA. Trata-se, aliás, de livro pioneiro aqui: porque, inserido na bem-sucedida tradição nacional das obras de divulgação histórica, é o primeiro do gênero dedicado à história de um país que não o Brasil.

Mais do que relativamente a qualquer outra nação, o que os EUA são hoje pode ser entendido, com saborosa clareza, a partir da compreensão do período de luta até a declaração de independência, em 1776, e dos anos de guerra para consolidá-la. Evento traumático e popular, teve origem, sobretudo, econômica: na rebelião decorrente do progressivo incômodo ante o aumento no volume de taxas e impostos lançados sobre as colônias da Grã-Bretanha na América.

Ao fazer desfilar, em detalhes, personagens da mais elevada estatura, o livro dá corpo – rosto, forma – à gênese das ideias revolucionárias ao movimento orgânico para debatê-las publicamente e ao compromisso fundamental com os direitos individuais, a própria definição de caráter daquela nação, ao mesmo tempo em que nos faz questionar sobre como conhecíamos tão pouco (ou nada), por exemplo, de gigantes da cepa de John Adams, articulador brilhante, que seria o segundo presidente dos EUA, e Alexander Hamilton, o formulador dos pilares da economia moderna norte-americana. Homens que ajudariam a erguer um país que, entre 1776 e 1787, existiu como uma verdadeira federação, com estados autônomos, e que só em 1789 – treze anos depois de independente, portanto – teve uma eleição presidencial: a primeira grande república moderna, a democracia mais estável do planeta.

capa

Alexander Hamilton pretendia criar uma nação que tivesse uma economia pujante, um comércio intenso e estivesse segura de interferências externas. Essas coisas deveriam se reforçar mutuamente: o comércio fortalecia a economia, que pagava a segurança, que viabilizava o comércio. As vias para isso eram a industrialização, o empreendedorismo e a abundância de crédito. (…) Em contraste, Thomas Jefferson acreditava na importância da frugalidade, da dedicação ao trabalho manual e em um governo discreto. Seu ideal de sociedade, sua visão para a América, era uma democracia igualitária, composta igualmente por agricultores e artesãos. (…) Essa visão, que ele acreditava ser o legado de 1776, estava aparentemente ameaçada por Hamilton e seus amigos, os banqueiros, investidores, especuladores e homens de negócio do norte do país. Da perspectiva de Jefferson, Hamilton aparecia como um Mefistófeles, oferencendo prosperidade material, bancos e fábricas, em troca da alma dos americanos.”

Marcel Novaes

Marcel Novaes é formado, tem pós-graduação e pós-doutorado em Física. Atualmente mora com a mulher e dois filhos em Uberlândia, onde dá aulas de Física na universidade, lutando para convencer os alunos de que a matéria não é tão chata assim. Acredita que viagens no tempo já são possíveis, através de livros de história. Depois de traduzir importantes obras científicas para a Editora Contraponto, decidiu em seu primeiro livro, que não trata de física, convidar o leitor para uma viagem à segunda metade do século XVIII, quando a democracia moderna começava a ser construída. Além da física, o autor sempre estudou a fundo temas históricos, desde a própria história do Brasil à República romana, a Revolução Francesa, a Revolução Industrial e as experiências socialistas. Mergulhou em autores como Eric Hobsbawn, Hannah Arendt, Isaiah Berlin, Raymond Tallis, Milan Kundera, Edmund Burke, Gertrude Himmelfarba e principalmente Alexis de Tocqueville. Naturalmente, essas leituras o levaram à Revolução Americana, quando teve o choque de descobrir que não havia bibliografia brasileira sobre o assunto, principalmente para o grande público. Resolveu sanar o problema.

Ficha técnica

O grande experimento: a revolução americana e a criação da democracia  moderna
Autor: Marcel Novaes
Editora Record
1ª edição
Rio de Janeiro, 2016
238 páginas; 23 cm.
ISBN 978-85-01-08276-3
Lançamento: Outubro 2016

Assessoria de Imprensa
Helena Castello Branco
Comunicação & Cultura

Imprensa Grupo Editorial Record
Tel.: (21) 25852047

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Claudia Lamego – claudia.lamego@record.com.br – Gerente de Imprensa
Mariana Moreno – mariana.moreno@record.com.br – Assessora de imprensa

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Publicado por Helena Castello Branco

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